terça-feira, 2 de junho de 2009

Pater


Gosto quando foges, assim...sem me avisar
Os lobos engravatados pelas esquinas é que me avisam aos berros
Que te preciso, que estás comigo, mas como te ver?
Não te mostras se escondes
Faz tempo que ages desse jeito
até te vi uma vez
de palitó de linho, cigarro na boca
chápéu de malandro, mesa de bilhar
Rindo meu choro, corando minha tristeza
Bufão.
Quero que tires o véu, juro, mas não agora
Eu velho, não doente, são
Pra bater um papo daqueles entender teu desleixe
Como não vês? olha ao redor...
Barro destruindo barro pela pólvora
Anjos dionisíacos com cifrões nos olhos
procurando libido
nos outros
Mas eu sou assim mesmo, relaxa, eu te entendo
deve ser muito ruim ser único
Eterno, efêmero
No fundo tu querias ser eu
mortal, fraco, apaixonado
menino
Não, não.. Não te aflijas
Sei que não gostas de minha desconfiança
E irado confundirás minha sorte
dessa maneira vou de barro ao cimento, imóvel
Mas tire o disforme da nossa imagem no espelho
E mostra como tu és
Se é que essa não é tu face verdadeira
Ainda bem.

2 comentários:

  1. Pow cara...tu postou esse texto e escreveu também?...Parabéns pelo texto e pela iniciativa do blog...já sou seguidora, viu?...Quem sabe, qualquer dia desses te mando alguns textos, que porventura escreverei...jáh estão prontos, cá dentro (como já dizia Drummond), só faltam essas reminicências, pensamentos e sentimentos serem transformados em gráficos...rsrsrsrsr
    Vontade não, mas tempo é o que me falta hoje para materializá-los!

    Um abraço, Parabéns mesmo!

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  2. Valeu Bandeira, fico feliz por suas palavras e obg por seguir também , tá meio devagar agora mas com certeza aparecerão mais coisas.

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