segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bater, qual a graça?

Vou lhes fazer uma pergunta bem simples... É, muito simples. Para você o que é educar uma criança? Acho que se perguntássemos a 100 pessoas , cem entre cem, responderiam de forma diferente, alguns com respostas parecidas, mas, na essência mesmo da questão ninguém entra em acordo quando se trata deste assunto simplório. Respondo a pergunta do início do texto com uma resposta também simples: Educação é que nem nariz ( para não dizer outra parte do corpo ) cada um tem a sua. E nós pais/educadores temos que ter consciência disso nesses dias pós-modernos. Por que será que é tão difícil controlar essas mentes brilhantes que temos hoje em dia nas escolas e na sociedade em geral? Por que os alunos/filhos " colocam os pais/educadores no bolso"? São perguntas que atraem uma resposta , na minha opinião, clara: A sociedade em que vivemos respira um ar de mudança, e quem não se adequar a essa situação ficará fadado ao fracasso e a incompreensão.

Os pais/educadores tem que perceber que essa geração capta as informações bem mais rápido que as gerações anteriores, a forma de diálogo também se distancia da maneira em que a gerações passadas se comunicavam, enfim as manifestações sociais mudaram e consequentemente, a forma de se educar também. Uma escola cujo o método de ensino não esteja vinculado à tecnologia está com seus dias contados, pode ter certeza. Os pais que não assimilarem que a geração dos seus filhos não escutam mais The beatles e nem Rolling stones não vão acompanhar o crescimento dos seus filhos de forma correta.

Agora se a sociedade pede mudança, e que todos nós devemos nos enquadrar nesta nova ordem, uma coisa me chama a atenção: Muitos desses pais antiquadros que ainda não perceberam a contradição que está a sociedade atual, ainda usam uma "arma" contra, ou favor, da "boa educação" que é a famigerada palmadinha, palmadinha esta que pode transformar-se em tapas , ponta-pés e etc.

O argumento principal é de que se batendo na criança corta-se o risco desta tornar-se um marginal, e paralelamente a criança ficaria "mais obediente" . Acho que a forma de se pensar desta maneira é equivocado , pois, cada vez mais a sociedade mostra que a noção da palmada com a de bom cidadão não está interligada. Acho que ao se estender a mão para bater em uma criança está se descarregando nela uma dose excessiva de outros elementos implícitos que não se verá com o choro final da criança, e sim, em outras ocasiões futuras que nem sempre o pai ou avó , ou qualquer outro membro da família perceberá que este fato tem ligação com aquela palmada, simples palmada.

A palmada, na verdade, é uma forma arcaica de educação e supostamente eficaz segundo a geração que passou por ela. É um argumento de quem não tem argumento para se conseguir o que quer, e através das volências, isto mesmo, violências causadas por esse ato tenta-se passar um ar de autoridade para a criado, no bom sentido da palavra.

Para terminar, educar,no sentido real da palavra, quer dizer conhecer, iluminar , passar conhecimentos,para quem acha que batendo nos seus filhos vai passar alguma fonte de iluminação está muito enganado. Nossa sociedade cada vez mais é a sociedade do diálogo, do entendimento , dos argumentos, da velocidade e não do arcaísmo, da prepotencia e arrogância. Fica uma pergunta no ar, será que todos as pessoas que violam o código penal apanharam quando criança? Pesquisa sugeria.

Um comentário:

  1. Hangner, como já diz uma bela composição de nossa música popular: Um tapinha não dói...rsrsrsrsrs

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